sexta-feira, 30 de junho de 2006

Artigo: "Preços Baixos Vão Acabar"

Preços baixos vão acabar, diz Greenspan
30 de junho de 2006
Rio de Janeiro

O ex-presidente do Federal Reserve (Fed) Alan Greenspan afirmou que a festa da inflação baixa no mundo vai acabar. Mercadorias importadas por preços baixos, com produtividade elevada, tendem a encarecer diante da consolidação de economias que eram fechadas e se abriram, como China e Leste Europeu.

A migração de trabalhadores rurais para zonas urbanas, com mão-de-obra barata e conseqüentes saltos de produtividade, tem prazo para terminar, como alerta o ex-comandante dos juros norte-americanos. "A China tem sido o gorila de 700 libras. Milhões de trabalhadores se movimentando para áreas urbanas tem servido para diminuir custos no mundo todo. O peso de mercadorias importadas (...) afetaram níveis de preço do mundo todo", disse Greenspan de Washington, ao ser entrevistado pelos economistas Illan Goldfajn e Afonso Celso Pastore em videoconferência promovida pelas empresas Camargo Côrrea e Tishman Speyer.

"O que vai acontecer em alguns estágios é movimentação de preços (...), as pressões inflacionárias vão emergir. Não sabemos quando mas vão (...) Vai acontecer uma virada global", completou.

Greenspan prevê também que a atividade econômica mundial deve desacelerar, mas não diz quando. "Vai ser difícil manter a taxa de ativos financeiros como está", disse. Uma das razões citadas por Greenpan para a redução do crescimento da economia seria os limite de expansão imobiliária. Essa seria também uma das razões para frear o crescimento do Japão no futuro, depois de um período de recuperação.

"A economia do Japão está decolando", concluiu. Além do Japão, a Europa também estaria se reerguendo. As duas economias, segundo Greenspan, devem compensar a freada da economia americana, que estaria iniciando um processo de ajuste do déficit fiscal.

O ajuste da economia americana, porém, deve acontecer de maneira suave, sem necessariamente redução de empregos, segundo o ex-presidente do Fed. Um fator que ajuda essa transição suave são os sinais de redução do consumo americano.

Em solenidade que contou ainda com os jornalistas Glória Maria e Paulo Henrique Amorim, a construtora brasileira lançou o Centro Empresarial Ventura, investimento de R$ 450 milhões no último terreno disponível no centro do Rio de Janeiro, ao lado da sede do BNDES, na avenida Chile.

segunda-feira, 26 de junho de 2006

Informativo: Papéis Atrativos

Merrill Lynch lista papéis que se tornaram atrativos após desvalorizações recentes
26/06/2006 13:47
InfoMoney
SÃO PAULO

O forte movimento de venda dos ativos de emergentes, causado por uma maior aversão ao risco por parte dos investidores, já levou a uma redução de quase 25% da capitalização de mercado latino-americana, de acordo com o banco de investimento Merrill Lynch.

Os analistas do banco consideram a forte saída de capitais injustificada, já que não trabalham com um cenário de estagflação nos EUA e acreditam que a fuga de capitais deverá ter um impacto limitado sobre os fundamentos macroeconômicos das economias latinas.

Oportunidades de compra
Diante deste cenário, a Merrill Lynch ressalta que diversos ativos encontram-se bastante descontados e, portanto, apresentam valuation em patamares atrativos. Sendo assim, dentre os ativos de qualidade que recebem recomendação de compra e mostram um patamar atraente estão as ações de Usiminas, Cemig, Unibanco, CSN e Sabesp.

O banco de investimentos destaca ainda outros papéis que tornaram-se atrativos após a saída de capitais da região: as ações ordinárias de Brasil Telecom e Tele Norte Leste, além das ações da empresa de construção civil Gafisa.

Artigo: "Analistas Ruins de Mira"

Cuidado! Os especialistas em apontar o valor justo das ações erram conceitos, tropeçam nos cálculos – e, às vezes, oferecem dicas furadas

Daniella Camargos
Isto é Dinheiro
25-06-06

Quem costuma seguir recomendações de analistas, em vez de operar por conta própria no mercado de ações, não está livre de mirar no alvo errado. Uma pesquisa da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo revela que, com alguma freqüência, os profissionais do ramo tropeçam nos cálculos e se equivocam na hora de determinar o valor justo de uma empresa. O estudo, a que DINHEIRO teve acesso com exclusividade, analisou o trabalho de 29 analistas dos principais bancos de investimento e consultorias financeiras. Suas recomendações de compra, venda e manutenção de ações influenciam diretamente o destino de boa parte dos cerca de R$ 2,5 bilhões negociados diariamente na Bovespa.

A pesquisa da USP não revela a quantidade ou a freqüência dos erros. Dedica-se a explicar por que eles acontecem. Por exemplo: ao utilizar um dos métodos mais tradicionais para se chegar ao valor de uma empresa, o chamado Fluxo de Caixa Descontado, alguns analistas cometem erros grosseiros, segundo Rodrigo Pasin, um dos autores da pesquisa. É comum, por exemplo, a falta de coerência em relação à moeda utilizada no cálculo. “Alguns projetam o fluxo de caixa sem inflação e utilizam uma taxa de desconto nominal – ou seja, incluindo a inflação. Outros fazem o contrário”, diz Pasin. E isso é preocupante, pois pode causar distorções no valor final da empresa, para cima ou para baixo. “Embora exista uma regra na teoria, na prática ela não é seguida à risca. Fazemos algumas adaptações à realidade brasileira”, admite Fábio Carvalho, sócio da Orbe Investimentos.

Existe também, de acordo com a pesquisa, muita divergência na estimativa do risco país. A maior parte dos entrevistados (48%) não considera o indicador do dia e sim uma média deste número nos últimos meses. Verificou-se também que 14% dos analistas utilizam uma projeção futura do risco país. Tanto um grupo como o outro acreditam que, com esses expedientes, suaviza-se a alta volatilidade do risco país. Mônica Araújo, responsável pela área de Análise do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), está entre os que usam projeções futuras. “Não considero o risco país do dia porque, às vezes, ele é distorcido por situações específicas. Pode ser uma pesquisa eleitoral ou o ataque do PCC ”, explica. O pesquisador da USP afirma, porém, que projetar o risco país simplesmente não faz sentido. “O risco do dia já reflete a percepção atual do mercado quanto ao futuro do País”, explica. Segundo ele, eventuais distorções causadas por eventos anormais devem ser corrigidas, no máximo, com a média do risco país do mês.

“Alguns profissionais erram por pura falta de conhecimento, mas a maioria erra por conveniência”, alerta Pasin. Segundo ele, o valor da empresa muitas vezes é determinado para satisfazer o cliente para o qual o analista está trabalhando no momento. Num processo de fusão ou aquisição, por exemplo, o especialista tende a subavaliar a empresa se for contratado pela parte compradora. E a superavaliá-la se, ao contrário, estiver a serviço do vendedor. “Também há casos em que os analistas são orientados pelas instituições financeiras que os empregam a fazer o cálculo do ativo de uma determinada maneira, a fim de favorecer seus investimentos”, diz Pasin. “Nesses casos, as análises podem ficar comprometidas.” Diante disso, resta ao investidor ter um olhar mais crítico com relação aos relatórios de recomendação de compra ou venda de ações para não ser ludibriado por eventuais interesses do mercado.

sexta-feira, 23 de junho de 2006

Informativo: BOVESPA em 27jun06

Traders e investidores terão folga para assistir ao jogo da seleção brasileira no dia 27

Com a passagem da seleção brasileira para as oitavas de final da Copa do Mundo, traders e investidores terão uma folga das negociações na Bovespa durante o horário do jogo, no dia 27, próxima terça-feira.

Sendo assim, o pregão eletrônico ocorrerá das 10h00 às 11h45 e das 14h30 às 17h00, tendo em vista que o jogo da seleção está marcado para as 12h00. O leilão de pré-abertura ocorrerá das 9h45 às 10h00 e depois novamente das 14h25 às 14h30. O call de fechamento será das 16h55 às 17h00.

After-market funcionará em horário normal
Vale lembrar que as negociações do after-market terão funcionamento no horário normal e a BOVESPAFIX e o SOMAFIX funcionarão das 10h00 às 11h30 e depois das 14h30 às 17h00.

Na primeira fase do campeonato, quando durante a semana os jogos da seleção ocorreram às 16h00, a Bovespa encerrou suas negociações mais cedo, às 15h00. A BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) também encerrou suas negociações mais cedo nos dias dos jogos do Brasil.

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Comentário: Otimismo e Pessimismo Exagerados

Cuidado com o otimismo e com o pessimismo exagerados
Fabio Colombo
21/06/2006

Até o inicio de maio, isto é, pouco tempo atrás, a grande maioria dos profissionais de mercado demonstrava acentuado otimismo com o mercado acionário brasileiro para este ano. Constantemente, os analistas alteravam para cima suas projeções para o Índice Bovespa para o final do ano, conforme este evoluía positivamente. Estas projeções chegaram a alcançar o máximo de 45 mil a 50 mil pontos para o índice em dezembro deste ano.

Agora, após as recentes fortes quedas, devido aos temores de maior inflação americana, com conseqüente alta dos juros americanos e possível desaquecimento econômico global, como ficam esses profissionais perante os investidores? Como justificar esse erro de previsão? Os analistas poderiam argumentar que o cenário desenhado era diferente da realidade atual. Isto significa que não conseguiram prever a ocorrência de fatos novos e reversões de tendências. Embora a preocupação com os juros americanos não fosse um assunto novo para o mercado.

Após quase quatro anos de altas consecutivas da maioria das bolsas mundiais, tendo o Índice Bovespa atingido de 31 de dezembro de 2002 a 9 de maio de 2006 alta nominal acumulada de 272,6%, não seria razoável esperar uma correção dos preços em algum momento próximo? Não seria recomendável reduzir a exposição em renda variável em vez de aumentá-la ao longo desse processo de alta? Com a palavra os profissionais de mercado.

Nesse espaço, meu intuito é tentar orientar o investidor em meio a essas informações que acabam conduzindo-o a "comprar na alta e vender na baixa", quando o óbvio e correto seria fazer exatamente o oposto. Não estou defendendo que simplesmente sejam ignoradas essas projeções. Recomendo, apenas, que a leitura dessas análises seja feita com cautela. Especialmente quando as previsões se referem à bolsa de valores, por sua inerente volatilidade que, não por acaso, a situa entre os investimentos de renda variável e não fixa.

Como todo investidor sabe ou escutou, a máxima do mercado é: "comprar na baixa e vender na alta". Todos concordam que é o conselho mais óbvio e lógico que existe, mas extremamente difícil de ser seguido, em face da influência da ganância e do medo, que impedem o investidor de agir corretamente, empurrando-o a realizar exatamente o contrário, ou seja, comprar na alta e vender na baixa.

A ganância surge quando os mercados estão em alta forte. Surge também o sentimento de que a valorização irá persistir indefinidamente, impedindo que o investidor venda e, pior ainda, fazendo-o comprar nesses períodos. Situação oposta, o medo surge nos momentos de forte baixa, quando o investidor acredita que o mercado continuará a cair indefinidamente e que será possível sempre comprar a preços mais convidativos do que os atuais ou, mais grave, forçando-o a vender nessas ocasiões com receio de que as perdas se elevem. É importante salientar que não somente os investidores são vitimas dessas emoções. A grande maioria dos profissionais de mercado também sofre essas conseqüências.

Quem nunca ouviu falar que quando um motorista de táxi faz comentários sobre as altas das bolsas é o momento de sair do mercado? Conheço inúmeros investidores que entraram e saíram em momentos equivocados em função da ganância e do medo, amargaram grandes perdas e hoje, traumatizados, nem querem ouvir falar em ações. E pior ainda: consideram o mercado acionário um cassino, quando isto não é a realidade dos fatos.

O investidor deve ter em mente a perspectiva histórica da evolução, em termos reais, dos preços das ações. A evolução média das principais bolsas mundiais varia na faixa de 7 a 12% ao ano, sendo mais elevada para países emergentes e menores para países desenvolvidos. Esses números refletem o desempenho médio real das empresas em suas atividades. Sempre haverá momentos de extremo otimismo e pessimismo que criarão distorções nos preços justos das ações, mas que serão corrigidos ciclicamente para sua média histórica.

Desse modo, o melhor a fazer é ter visão de longo prazo, procurando comprar e vender gradativamente ao longo das baixas e altas, evitando "surfar" com visão de curto prazo. O que estamos vivenciando neste momento é um fenômeno cíclico recorrente dos mercados acionários que devem ser interpretados como oportunidades muito interessantes para os investidores. Portanto, se você quiser ficar do lado dos poucos vencedores - e não do lado dos muitos perdedores - tenha uma recomendação sempre em mente: não se deixe levar pelo otimismo e pessimismo excessivos e controle suas emoções.

Fabio Colombo é administrador de investimentos

E-mail facolom@terra.com.br

Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

terça-feira, 20 de junho de 2006

Stock Guide: Planner

Planner divulga perspectivas de curto prazo para ações do setor de bens de consumo
20/06/2006 10:27
InfoMoney

A corretora de valores Planner divulgou o seu stock guide para a segunda quinzena de junho apresentando suas perspectivas para as ações dos setores têxtil e de confecções e comércio varejista.

Segundo os analistas da instituição, o setor têxtil e de confecções está fortemente afetado pelo câmbio e pela concorrência dos produtos importados. No entanto, perspectivas de aceleração do crescimento, busca de parcerias por parte de algumas empresas, entrada em novos mercados e constante internacionalização de seus produtos podem trazer alguma melhora para o segmento.

Já para o setor de comércio varejista, a corretora destaca que as perspectivas continuam favoráveis em função da recuperação da atividade econômica e da renda, além do benefício da modernização e ampliação da cadeia de lojas e melhora de eficiência logística.

Confira as sugestões dos analistas dentro destes setores:
Empresa Código Preço Alvo (R$) Upside(%) Recomendação
Santista ASTA4 18,20 13,8 Compra
Alpargatas ALPA4 98,00 5,4 Neutra
Coteminas CTNM4 210,0 16,6 Compra
Pão de Açucar PCAR4 74,00 18,8 Compra
Globex GLOB4 18,90 15,2 Compra
Renner LREN3 125,00 30,2 Compra
Lojas Americanas LAME4 87,00 27,9 Compra
Submarino SUBA3 47,00 20,5 Compra
Saraiva SLED4 19,50 16,1 Compra

segunda-feira, 19 de junho de 2006

Carteira: SLW (semanal)

Carteira recomendada: corretora SLW divulga sua lista semanal de sugestões
19/06/2006 15:05
InfoMoney

SÃO PAULO - A corretora de valores SLW divulgou nesta segunda-feira (19) sua carteira recomendada de ações para a semana. São cinco alternativas de investimento dentre os papéis listados na Bovespa, levando em conta as perspectivas para o período em questão.

Como critério de escolha, os analistas da SLW levam em consideração tanto o risco quanto o retorno esperado dos papéis, assim como os fundamentos das empresas selecionadas.

Nesta semana o destaque fica com a substituição das ações preferenciais classe B da Celesc pelas ações ordinárias da Tractebel.

Confira as sugestões

Empresa Código Preço justo Upside*
ALL ALLL11 R$ 184,00 41,5%
Net NETC4 R$ 1,36 24,7%
Contax CTAX4 R$ 2,40 42,8%
CPFL Energia CPFE3 R$ 40,00 48,7%
Tractebel TBLE3 R$ 21,16 31,8%
*Com base nas cotações de 19 de junho.

Por que essas ações?

--ALL--
A desvalorização recente colocou as units da América Latina Logística em um nível atrativo de aquisição, dadas as vantagens esperadas a partir da aquisição da Brasil Ferrovias, sólidos fundamentos operacionais e boas perspectivas de crescimento.

--Net--
Perspectivas de forte crescimento nos próximos anos e reestruturação de passivos pesam em favor das ações da operadora de TV por assinatura.

--Contax--
O fraco resultado no primeiro trimestre penalizou os papéis da empresa de call center de maneira exagerada, avalia a SLW. Os números do segundo trimestre devem mostrar alguma recuperação das margens.

--CPFL Energia--
A boa conjuntura setorial deve ser aproveitada pela CPFL mediante sólidos fundamentos operacionais. Projeção de desempenho acima do mercado no curto prazo.

--Tractebel--
Segundo a SLW, a mudança da sistemática do leilão de energia nova do próximo dia 29 de junho e uma boa expectativa quanto à venda da energia da Usina de São Salvador poderão resultar em uma maior recuperação das ações no curto prazo.

Recomendação: Banif Primus

SÃO PAULO, 9 de junho de 2006

A corretora Banif Primus reiterou a recomendação de compra para os papéis da Sadia. A corretora elevou o preço alvo do papel em 5,5%, para R$ 7,50 (US$ 34,3 por ADR). "Conversamos com o diretor financeiro da companhia, Luiz Murat, e as perspectivas da empresa são muito positivas no médio e longo prazo", afirma o relatório assinado pelo analista Roger Oey.

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Artigo: "Volatilidade Atinge Níveis de 2004 e Deve Prosseguir Alta"

VOLATILIDADE ATINGE NÍVEL DE 2004 E DEVE PROSSEGUIR ALTA

São Paulo, 14 - A forte volatilidade observada em maio nos mercados brasileiros ampliou-se em junho e já atinge os níveis da turbulência verificada no ajuste de carteiras do primeiro trimestre de 2004 (ver gráfico abaixo), sem mostrar qualquer sinal de esmorecimento. Segundo dados da consultoria RiskOffice, a trajetória da volatilidade nos últimos meses demonstra claramente a falta de tendência nos mercados. E a volatilidade ainda deve se manter nos níveis atuais - já muito altos - podendo até se ampliar nas próximas semanas, dada a dificuldade que os agentes de mercado têm tido para prever os movimentos da política monetária americana.

Os últimos dados da inflação americana, o PPI (0,2%), divulgado ontem, e o CPI (0,4%), ajudam a cristalizar a idéia de que a turbulência dos ativos financeiros deve se manter, ou crescer, até pelo menos o fim de junho, quando o Federal Reserve (Fed) se reúne para estipular a nova taxa de juros básica americana. As apostas para ambos indicadores foram equivocadas, pelo menos no tocante aos núcleos. No caso do CPI, a evolução do núcleo foi de 0,3%, contra estimativas de 0,2% e, no PPI, a alta também foi de 0,3%, ante uma mediana das expectativas de 0,2%. A situação se agrava um pouco quando se leva em consideração que são os núcleos os principais indicadores levados em consideração pelo Fed para avaliar a pressão inflacionária nos Estados Unidos.

"Quando a volatilidade chega aos níveis atuais, o normal é que ela não se sustente assim por mais de um mês, mas, nesse caso, pode até haver uma ampliação se ficar difícil verificar quais serão os juros americanos", diz Fernando Lovisotto, sócio da RiskOffice.

A avaliação de Lovisotto encontra eco nos contratos futuros dos Fed Funds americanos, que já embutem, hoje, uma chance de 100% para a elevação da taxa de 5% para 5,25%, no fim do mês. Além disso, pode também haver, nessa expectativa, a perspectiva de uma nova rodada de alta na reunião seguinte, o que já é comentado por alguns analistas. No início do ano, eram raríssimos os especialistas que previam uma taxa de juros americanos superando 5%.

No Brasil, segundo Lovisotto, a volatilidade tem sido puxada pelos estrangeiros e pelos hedge funds locais que, diante da impossibilidade de prever movimentos de médio e até curto prazo nos preços, têm tentado auferir algum ganho em operações com duração de até um dia - um fator determinante para as variações diárias de preços. "É dificílimo encontrar alguém que carregue posições por mais de um dia. Hoje, é possível dividir gestores e investidores em duas categorias: os que estão posicionados no curtíssimo prazo e os que operam no longuíssimo prazo. Os intermediários desapareceram", analisa o sócio da RiskOffice.

Para o vice-presidente da área de Mercado de Capitais da Associação dos Bancos de Investimento (Anbid), Luiz Fernando Rezende, é muito difícil vislumbrar uma redução da volatilidade caso o Fed volte a aumentar a taxa de juros no fim do mês. "Talvez um acerto das expectativas em relação aos núcleos do PPI e do CPI em julho possa atenuar um pouco a situação, mas está muito difícil fazer qualquer previsão com uma margem de segurança", afirmar.

Segundo Rezende, um outro fator, este impossível de mensurar, vai continuar pressionando os mercados: as falas do presidente do Fed, Ben Bernanke. "Ele parece ter uma certa incontinência verbal. Não é muito claro nas declarações formais, e ainda menos específico nas informais, o que dificulta bastante as avaliações", diz.

Talvez o reflexo mais claro da volatilidade esteja na variação das cotas dos hedge funds brasileiros - setor da indústria de fundos de investimento que mais vem perdendo por conta da turbulência alta dos mercados. De acordo com os dados levantados pela RiskOffice, que possui um índice para medir a volatilidade das maiores carteiras, a variação das cotas dos fundos foi a maior desde a criação do indicador, em maio de 2003 (ver gráfico abaixo).

"A grande maioria dos gestores tem um cenário-base otimista, o que ainda não mudou. No médio prazo, as expectativas são as mesmas e também se ancoram nos fundamentos da economia brasileira", avalia o gestor de fundos da Mellon Serviços Financeiro, Gustavo Castello Branco.

De acordo com ele, somente no mês de maio, os 51 maiores fundos multimercados do Brasil perderam, em média, 1,97%, com um pico de perda de 12,3% em uma das carteiras. "Sem dúvida, é uma variação muito alta se levarmos em consideração que se trata de uma média. Mas as apostas ainda não mudaram, portanto, ninguém ainda se arrisca a jogar contra (o Brasil)", afirma.

No caso da Mellon, segundo Castello Branco, a ordem é "reduzir o risco o mais rápido possível", comprando, inclusive, ativos de renda fixa para compor os fundos multigestor da casa. "Para nós e os gestores de hedge funds, o cenário de longo prazo continua sendo o mais importante, e este ainda não mudou. Agora, se os Fed Funds - em junho - saírem fora das expectativas, uma nova rodada de 'sell-off' poderá acontecer", finaliza.

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Artigo: "Tensão externa eleva risco, dólar e juros" (trechos)

Tensão externa eleva risco, dólar e juros
Luiz Sérgioi Guimarães
Valor Econômico
14/06/2006

...Por que será que o Brasil, dispondo de uma sólida posição em seu balanço de pagamentos, com elevados superávits comerciais e nas contas correntes, e um estoque de reservas internacionais em torno de duas vezes as amortizações de dívida externa de um ano, após um choque externo moderado, que elevou apenas ligeiramente a aversão ao risco, sofreu um forte aumento de volatilidade na taxa cambial, nos prêmios de risco sobre os títulos de dívida soberana e nas taxas de juros mais longas? Esta pergunta é feita em relatório da consultoria AC Pastore, do ex-presidente do Banco Central, Affonso Celso Pastore. Há duas razões para isto, segundo o estudo. A primeira, menos relevante, vem de vários sinais conflitantes emitidos pelo Ministério da Fazenda nos campos da política fiscal e da taxa cambial. A segunda vem das mudanças realizadas na administração da dívida pública, combinando o aumento da venda de títulos públicos a estrangeiros com o seu alongamento. "Ambas amplificaram, no Brasil, os efeitos negativos da mudança nas perspectivas da liquidez internacional, mas a segunda é a causa predominante", diz o estudo. A amplificação do choque externo decorreu da necessidade dos fundos estrangeiros que compraram títulos longos, sobretudo as NTN-B, de evitar perdas decorrentes das altas do dólar e das taxas de juros longas...

Artigo: "Antes do topo, o poço"

Antes do topo, o poço
Por Adriana Cotias e Daniele Camba
Valor Econômico
13/06/2006

Está escrito nos gráficos: antes de o Índice Bovespa (Ibovespa) retomar a tendência de alta de longo prazo, o indicador pode ceder a níveis mais profundos. Os analistas técnicos - também conhecidos como grafistas, e que se fiam em leituras estatísticas sem dar a menor bola para os chamados fundamentos - identificam correções que podem jogar o índice para níveis entre 28 mil e 32 mil pontos, sendo que a maioria, por ora, ainda trabalha com a ponta mais alta. Só depois de chegar a esses níveis é que o índice poderia caminhar para os 42 mil pontos alcançados durante o pregão de 9 de maio. Mas a correção para baixo pode durar 12 meses.

Ontem, após uma queda de 4,33%, o Ibovespa encerrou o pregão com 33.554 pontos, uma desvalorização que já chega a 20,1% desde o pico do início de maio. No ano, o índice ainda acumula alta de 0,3%. A má notícia, segundo os adeptos da escola técnica, é que o tombo não vai parar por aí. Ao romper a marca dos 34 mil pontos, o indicador voltou ao nível que marcava a tendência de alta iniciada em maio de 2004, diz Fausto de Arruda Botelho, um dos precursores da análise técnica no Brasil e sócio da Enfoque Informações Financeiras. "Se o mercado continuar como está, os preços caminharão para correções mais acentuadas até os 28 mil pontos."

Por trás da arte dos gráficos está, entre outras tantas, uma teoria chamada de "seqüências de Fibonatti", que diz que tudo na natureza tem padrões de comportamento que se repetem, obedecendo certas freqüências matemáticas. Os analistas técnicos identificam tais freqüências nos movimentos da bolsa e ao observar o passado são capazes de projetar uma série de expectativas de preços futuros.

Daí saem termos como "resistência" (nível de preços em que pode haver pressão de venda), "suporte" (ponto que pode desencadear compras) ou os "canais de alta ou de baixa", formados entre duas retas paralelas, indicando bom momento para compra ou para venda. Analistas técnicos dizem que os gráficos dão pistas importantes também dos movimentos tanto dos fundamentalistas quanto de eventuais grupos com informações privilegiadas que se antecipam ao restante do mercado. Nem todos concordam com os grafistas, mas cada vez mais analistas fundamentalistas usam os gráficos como instrumento auxiliar.

Botelho exemplifica que semanas antes dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, os gráficos do índice Dow Jones davam claras indicações de fluxo vendedor. De alguma forma, o imponderável já começava a ser expresso nos preços das ações na Bolsa de Nova York. A hipótese mais plausível é de que ordens de venda ditadas pelo bilionário Osama Bin Laden e seus comandados já davam pistas do que ocorreria com os ativos nos mais diversos mercados.

Para o mercado brasileiro, a certeza é de que o tremor continuará vindo de fora, diz o analista técnico da Ágora Senior, Fernando Góes. "O Dow Jones também atingiu o seu ponto máximo quando encostou nos 11.700 pontos (em 10 de maio), o gráfico já configura um ombro-cabeça-ombro (uma figura de queda) e o Ibovespa tem feito exatamente os mesmos movimentos", diz. Para ele, o próximo ponto a ser testado pelo termômetro da bolsa local será os 32 mil pontos e se essa barreira for rompida, o novo poço será nos 29.500 pontos.

Desde 2002, o índice vinha de um movimento primário (de longo prazo) e secundário (de curto prazo) de alta e, por isso, é possível se imaginar um extenso período de baixa, prevê o chefe de análise da Planner Corretora Luiz Antonio Vaz das Neves. Para o especialista, após ceder abaixo dos 34.400 pontos, novas pressões de venda devem encaminhar o indicador para a casa dos 30 mil pontos. "Não é muito se lembrarmos que, há cerca de um ano, o Ibovespa estava nos 22 mil pontos." Após ter superado os 42 mil pontos, em 9 de maio, a bolsa brasileira entrou num período de baixa, que tem tudo para durar pelo menos um ano, diz Vaz das Neves.

"Depois de mais de três anos de alta, essa onda de correção de preços também será longa, bastante volátil e com movimentos acentuados, com dias de grandes altas, seguidos por quedas na mesma intensidade", alerta a analista gráfica da corretora Santander Banespa, Sílvia Afonso.

Dentro desse novo movimento de desvalorização, o Ibovespa caminha para os 32 mil pontos, estima a analista. Isso não significa, no entanto, que daqui pra frente as ações cairão sem parar pelo próximo ano inteiro. "O momento é de baixa, oscilando com dias de queda e outros de recuperação." O investidor que quiser aplicar em bolsa nesse meio tempo terá de redobrar a atenção para aproveitar os curtos períodos de alta. Apesar de a meta ser os 32 mil pontos, a analista projeta o Ibovespa entre 36 mil e 38 mil pontos no fim do ano. "Haverá pontos interessantes de compra."

Depois de o Ibovespa cair abaixo dos 35.500 pontos, no dia 7, os 32 mil pontos também se tornaram o novo prognóstico do gerente da corretora do HSBC Jeferson Amaral. "Esse é um ponto de resistência importante, foi exatamente nesse nível que o Ibovespa mudou de tendência em outubro e caiu até os 28.400 pontos, voltando aos 32 mil pontos só em dezembro."

As perspectivas para o mercado americano também são negativas, na visão dos grafistas, o que só reforça o caldo de más notícias para o Brasil. "Não dá para ignorar a enorme correlação entre a nossa bolsa e os principais mercados internacionais", afirma o gerente da HSBC Corretora. Recentemente, o Índice Dow Jones caiu abaixo dos 10.950 pontos, um nível de resistência importante, segundo Amaral, e agora deve buscar o próximo piso, em 10.750 pontos.

Mesmo olhando outro indicador, como o Standard and Poor's (S&P), as projeções de Sílvia, da corretora Santander Banespa apontam para o mesmo lado. O S&P está entrando num longo período de queda, bem maior que o do Ibovespa, e o próximo suporte será em 1.100 pontos, ou seja, ainda há muito o que cair em relação aos 1.200 pontos atuais.

No meio de tanta tristeza, a boa notícia é que este será apenas um movimento de correção e não de reversão da grande tendência de alta do Ibovespa, que começou em 1998, logo depois da crise da Rússia, e deve prosseguir pelo menos nos próximos dois anos. "Só depois disso é que podemos esperar uma reversão de tendência, que é quando a bolsa cai por quatro, cinco anos seguidos", diz Sílvia.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Carteira: SLW (semanal)

A corretora de valores SLW divulgou nesta segunda-feira (12) sua carteira recomendada de ações para a semana. São cinco alternativas de investimento dentre os papéis listados na Bovespa, levando em conta as perspectivas para o período em questão.

Como critério de escolha, os analistas da SLW levam em consideração tanto o risco quanto o retorno esperado dos papéis, assim como os fundamentos das empresas selecionadas.

Confira as sugestões

Empresa Código Preço justo Upside*
ALL ALLL11 R$ 184,00 35,2%
Net NETC4 R$ 1,36 28,3%
Contax CTAX4 R$ 2,40 34,0%
CPFL Energia CPFE3 R$ 40,00 42,8%
Celesc CLSC6 R$ 1,60 11,1%
*Com base nas cotações de 12 de junho.

Por que essas ações?

--ALL--
A desvalorização recente colocou as units da América Latina Logística em um nível atrativo de aquisição, dadas as vantagens esperadas a partir da aquisição da Brasil Ferrovias, sólidos fundamentos operacionais e boas perspectivas de crescimento.

--Net--
Perspectivas de forte crescimento nos próximos anos e reestruturação de passivos pesam em favor das ações da operadora de TV paga.

--Contax--
O fraco resultado no primeiro trimestre penalizou os papéis da empresa de call center de maneira exagerada, avalia a SLW. Os números do segundo trimestre devem mostrar alguma recuperação das margens.

--CPFL Energia--
A boa conjuntura setorial deve ser aproveitada pela CPFL mediante sólidos fundamentos operacionais. Projeção de desempenho acima do mercado no curto prazo.

--Celesc--
Os processos de desverticalização e cisão de ativos devem servir de catalisadores para as ações da elétrica nos próximos pregões.

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Opinião

Ontem, após ler vários comentários e notícias sobre o Mercado Financeiro, pensei que a BOVESPA pudesse abrir bombando (alta) e foi o que houve. Só não imaginava que fosse haver uma virada tão radical para baixo, e foi o que aconteceu.

Ainda não li as informações de hoje, mas ainda penso que 2a feira possa ser um bom dia, pelo menos até a hora do almoço...

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Comentário: José Alan Dias

..."Um levantamento do banco Barron’s mostra que, durante a década de 1990, movimentos de correção em mercados emergentes se estendiam na média por 35,6 semanas, com perdas de 34% no valor médio das ações. Nos anos 2000, as correções se estenderam em média por 32 semanas e provocaram perdas de 32,9%. A despeito da recente correção, os emergentes ainda estão em alta de 6,6% no ano. Sim, as economias emergentes crescem mais que as tendências de médio prazo para o resto do mundo, a relação dívida/PIB desses países foi reduzida, e parece haver uma regra que diz que todos devem acumular superávit primário e de conta corrente."...

Carteira: Itaú

A Itaú Corretora divulgou, nesta quarta-feira (7), sua carteira de ações com base em dividendos para o mês de junho. As cinco sugestões são recomendadas para investidores que almejam retorno no longo prazo.

Com isso, o portfólio visa retorno com dividendos que serão pagos ao longo de 2006, mesmo que este não proporcione elevado ganho com valorização das ações.

Os ativos escolhidos possuem uma projeção de rendimento com dividend yield igual ou maior que 7%, durante o ano de 2006.

Confira as sugestões para junho:
Empresa Código Dividend yield Peso
Telesp TLPP4 14,0% 20%
Copesul CPSL3 11,4% 20%
Tractebel TBLE3 8,2% 20%
Petróleo Ipiranga PTIP4 7,4% 20%
AES Tietê GETI4 13,9% 20%

Carteira: Planner

A corretora Planner divulgou, na última terça-feira (6), sua carteira recomendada de ações para o mês de junho de 2006. As 15 sugestões têm nos papéis de Petrobras, Vale, Itaú, Bradesco e Telemar as maiores participações individuais, que somam 50% da carteira.

Quanto à contribuição setorial, o destaque fica com o setor de instituições financeiras, que tem peso de 25%. Em evidência também no setor, a elevação na participação do Bradesco, que tinha 5% no portfólio de maio e agora tem 10%

Com relação às sugestões do mês anterior, cinco ativos saíram e foram incluídos quatro papéis. As ações de Sadia, Perdigão, VCP, Embratel e CPFL Energia foram substituídas pelos papéis de Telesp, Coteminas, Eletrobrás e Transmissão Paulista.

Confira as sugestões dos analistas:

Empresa Código Preço Alvo (R$) Upside(%) Peso (%)
Telesp TLPP4 48,00 13 5
Coteminas CTNM4 210,00 17 5
Vale do Rio Doce VALE5 55,00 24 10
CSN CSNA3 69,50 1 5
Usiminas USIM5 77,10 2 5
Eletrobrás ELET6 55,00 34 5
Banco Itaú ITAU4 70,00 15 10
Unibanco UBBR11 37,40 28 5
Bradesco BBDC4 88,20 26 10
Petrobras PETR4 52,00 18 10
Cemig CMIG4 105,00 20 5
Celesc CLSC6 1,75 17 5
Transmissão Paulista TRPL4 23,00 12 5
Telemar TNLP4 39,60 30 10
Brasil Telecom Part. BRTP4 15,70 13 5

terça-feira, 6 de junho de 2006

Comentário: Miriam Leitão

"Por que cada palavra dele é vistoriada, radiografada, esquadrinhada? Porque na verdade ninguém sabe muito o que está acontecendo. Nem os economistas dos maiores bancos sabem se a economia está passando por um probleminha ou se é o início de um problemão. Por isso qualquer novidade é interpretada como alerta vermelho.

As teorias sobre o mercado financeiro são de que ele oscila entre a ganância e a covardia. Quando está na fase da ganância não vê problema nenhum. Exemplo: a economia americana tem um déficit público alto e um déficit externo crescente, mas o mercado nunca se preocupou com isso nos bons tempos. Agora preocupa. Na fase da covardia, tudo é motivo para eles correrem. E eles correm como manada, todos na mesma direção. Neste momento eles não sabem muito bem para que lado correr, por isso qualquer barulhinho assusta."

Miriam Leitão

Carteira: Souza Barros (Moderada)

A Souza Barros divulgou sua carteira moderada de ações para junho. As 20 sugestões são direcionadas para investidores que buscam uma perspectiva de ganho razoável.

O portfólio recomendado é composto por papéis de empresas inseridas em um ambiente de expectativas positivas, cujo potencial de lucro e rentabilidade ainda implicar um certo grau de risco.

Destaques
As ações da Petrobras e da Vale do Rio Doce representam os dois maiores pesos da carteira. Juntos, os papéis participam em 23% do portfólio recomendado.

Em evidência, os setores de bancos, energia, siderurgia e telecomunicações, que contribuem com 12 empresas dentre as 20 da carteira sugerida.

Confira a carteira moderada da Souza Barros:


Empresa Código Setor Peso
Banco do Brasil BBAS3 Bancos 4%
Bradesco BBDC4 Bancos 5%
Itaubanco ITAU4 Bancos 6%
Pão de Açucar PCAR4 Comércio 4%
Cemig CMIG4 Energia 6%
Eletrobrás ELET6 Energia 4%
Transmissão Paulista TRPL4 Energia 2%
Souza Cruz CRUZ3 Fumo e Cigarros 2%
Itausa ITSA4 Holding 4%
Vale VALE5 Mineração 10%
Aracruz ARCZ6 Papel e Celulose 4%
Klabin KLBN4 Papel e Celulose 2%
Petrobras PETR4 Petróleo 13%
Braskem BRKM5 Petroquímica 3%
Arcelor ARCE3 Siderurgia 4%
Gerdau GGBR4 Siderurgia 5%
Usiminas USIM5 Siderurgia 7%
Brasil Telecom BRTO4 Telecom 4%
Embratel EBTP4 Telecom 3%
Telemar TNLP4 Telecom 8%

Carteira: SLW

A corretora de valores SLW divulgou nesta segunda-feira (5) sua carteira recomendada de ações para a semana. São cinco alternativas de investimento dentre os papéis listados na Bovespa, levando em conta as perspectivas para o período em questão.

Como critério de escolha, os analistas da SLW levam em consideração tanto o risco quanto o retorno esperado dos papéis, assim como os fundamentos das empresas selecionadas.

Confira as sugestões

Empresa Código Preço justo Upside*
ALL ALLL11 R$ 184,00 23%
Net NETC4 R$ 1,36 16%
Contax CTAX4 R$ 2,40 21%
CPFL Energia CPFE3 R$ 40,00 36%
Celesc CLSC6 R$ 1,60 7%
*Com base nas cotações de 5 de junho.

Por que essas ações?

ALL
A desvalorização recente colocou as units da América Latina Logística em um nível atrativo de aquisição, dadas as vantagens esperadas a partir da aquisição da Brasil Ferrovias e dos sólidos fundamentos operacionais.


Net
Perspectivas de forte crescimento nos próximos anos e reestruturação de passivos pesam em favor das ações da operadora de TV paga.


Contax
O fraco resultado no primeiro trimestre penalizou os papéis da empresa de call center de maneira exagerada, avalia a SLW. Os números do segundo trimestre devem mostrar alguma recuperação das margens.


CPFL Energia
A boa conjuntura setorial deve ser aproveitada pela CPFL mediante sólidos fundamentos operacionais. Projeção de desempenho acima do mercado no curto prazo.


Celesc
Os processos de desverticalização e cisão de ativos devem servir de catalisadores para as ações da elétrica nos próximos pregões.

Carteira: Souza Barros

A Souza Barros divulgou sua sugestão de carteira agressiva de ações para junho, que inclui dez ativos selecionados de acordo com os critérios da corretora.

Segundo a instituição, o portifólio recomendado conta com papéis de empresas com elevado grau de expectativa e, portanto, alto risco, sendo adequado para investidores que buscam ganhos significativos em prazos menores.

Expectativa de volatilidade
A corretora pondera que as negociações e oscilações dos papéis podem ser intensas e muito fortes, tanto para cima quanto para baixo, havendo um alto risco e a possibilidade de prejuízos maiores.

Confira as sugestões da carteira agressiva:

Empresa Código Setor
Inepar INEP4 Eletroeletrônicos
Cesp CESP4 Energia elétrica
Eletrobrás ELET3 Energia elétrica
Braskem BRKM5 Petroquímico
Ipiranga Refinaria RIPI4 Petroquímico
Bombril BOBR4 Higiene e limpeza
Grendene GRND3 Calçados
Net NETC4 Internet e TV
Embratel EBTP4 Telecomunicações
Vivo Participações VIVO4 Telecomunicações

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Carteira: Fator (Small Caps)

Os analistas da Fator Corretora divulgaram na última sexta-feira (2) o portfolio recomendado de ações Small Caps para junho de 2006. Ele é constituído por papéis de empresas que não estão entre as maiores da Bovespa, mas que nem por isso deixam de representar boas oportunidades de investimento.

A carteira Small Caps é composta por ações com valor de mercado não superior a R$ 2 bilhões e volume médio diário de R$ 10 milhões. A presente seleção feita pela corretora é composta por onze papéis.

Veja a composição da carteira Small Caps sugerida para o mês de junho:

Empresa Código Preço-alvo*
WEG WEGE4 R$ 10,30
Natura NATU3 R$ 26,20
Ref Ipiranga RIPI4 R$ 46,04
Bardella BDLL4 Em revisão
Klabin KLBN4 R$ 6,10
Marcopolo POMO4 R$ 7,10
UOL UOLL4 R$ 25,15
Iochpe-Maxion MYPK4 R$ 19,25
OHL OHLB3 R$ 30,00
Vivax VVAX11 R$ 40,25
Alpargatas ALPA4 R$ 96,10

*Com base em dezembro de 2006

Carteira: Senso

A Senso Corretora atualizou para o mês de junho sua carteira de ações com base em dividendos. Trata-se de empresas que ofereçam fluxo de caixa robusto e previsível, resultados sólidos e, conseqüentemente, bons dividendos.

Confira as sugestões para junho:

Empresa Código Preço-alvo Upside* Peso
Bradesco BBDC4 R$ 106,00 47% 15%
Telesp TLPP4 R$ 63,30 32% 15%
Metalúrgica Gerdau GOAU4 R$ 53,45 30% 15%
Cemig CMIG4 R$ 135,00 47% 15%
Usiminas USIM5 R$ 103,49 31% 15%
Itaúsa ITSA4 R$ 11,20 26% 15%
CSN CSNA3 R$ 77,00 8% 10%

*Com base no fechamento de 2 de junho.

Carteira: Pilla

A corretora de valores Pilla divulgou a composição da sua carteira recomendada para o mês de junho. Os analistas procuram descrever um portfolio balanceado, levando em consideração fatores como risco e retorno.

Além disso, a instituição baseia suas recomendações em papéis de empresas com bom potencial de valorização e retorno via dividendos e que estejam inseridas em setores que devem apresentar um desempenho superior ao da economia do país.

Confira na tabela abaixo todas as recomendações:



Empresa Código Dividend Yield (%)12meses Peso (%)
------- ------ ------------------------- --------
Arcelor do Brasil ARCE3 4,6 10
Bradesco BBDC4 2,9 8
CSN CSNA3 7,2 10
Gerdau Met. GOAU4 4,9 10
Petrobras PETR4 3,6 21
Telemar TNLP4 5,4 9
Telesp TLPP4 14,5 10
Tractebel TBLE3 8,2 6
Vale do Rio Doce VALE5 3,1 16

Carteira: Fator (Large Caps)

Confira abaixo a composição do portfolio Large Caps sugerido para junho de 2006:

Empresa Código Preço-alvo* Upside
Petrobras PETR4 R$ 58,85 34%
Telemar TNLP3 R$ 117,50 84%
CPFL Energia CPFE3 R$ 36,00 25%
Itausa ITSA4 Em Revisão -
Vale do Rio Doce VALE5 R$ 64,00 44%
Net NETC4 R$ 1,45 27%
Gerdau GGBR4 Em revisão -
Copel CPLE6 R$ 29,00 52%
VCP VCPA4 44,55 32%
Telesp Fxa TLPP4 69,70 64
CCR CCRO3 R$ 21,50 24%
AmBev AMBV4 R$ 1.193,00 28%

*Preço-alvo estipulado para dezembro de 2006.

Opinião

Principais bolsas asiáticas e européias fecharam negativas, fator que deve influenciar a BOVESPA hoje. Até o momento o IBOV estava em -0,41%. Aguardemos!

Carteira: Pactual

Confira as dez recomendações do Pactual:

Empresa Código Preço-alvo Upside* Peso
Localiza RENT3 R$ 55,00 36% 10%
Eletrobrás ELET3 R$ 79,00 73% 10%
Cemig CMIG4 R$ 160,00 77% 15%
Copel CPLE6 R$ 30,00 50% 10%
Gerdau GGBR4 R$ 40,00 22% 10%
UOL UOLL4 R$ 26,00 98% 5%
Net NETC4 R$ 1,80 52% 10%
Rossi RSID3 R$ 36,4 70% 10%
Itaúsa ITSA4 R$ 12,7 42% 10%
Banco do Brasil BBAS3 R$ 100,7 71% 10%

*Com base nas cotações de 2 de junho

domingo, 4 de junho de 2006

Opinião

É! Parece que os últimos dias desta semana foram bem voláteis. A Bovespa abriu subindo em média 2% e, por volta da hora do almoço, caindo para próximo de 0%, chegando às vezes a ficar negativo. Acabei não entrando esta semana só por conta disso.

Vamos ver o que irá acontecer esta semana. Mais tarde hoje ou amanhã pela manhã irei postar mais alguma opinião.

Boa sorte!

quinta-feira, 1 de junho de 2006

De Olho!

A próxima reunião do Fed será no fim de junho, dias 28 e 29.

Opinião

Hoje é um dia traiçoeiro.... O Presidente do FED não sabe o que irá acontecer ainda com o mercado. A Europa está praticamente toda em vermelho. Hoje deve ser dia de queda na Bovespa, precisamos ficar de olho. Vamos aguardar!

Comentário: Incerteza

"A próxima reunião do Fed será no fim de junho; 28 e 29. Uma opinião comum no mercado é que, com esta ata, é possível que a instabilidade continue até a próxima reunião. Os dados divulgados mostram que está havendo uma desaceleração na alta dos preços dos imóveis nos Estados Unidos, mas não tão rápida que possa produzir um estouro da bolha. Há sinais de que a economia continua forte e que os indicadores de inflação estão um pouco altos, mas não muito." Miriam Leitão

"Um presidente do Fed novo demonstrando insegurança, um comunicado que confessa que a própria autoridade monetária americana está em dúvida sobre a conjuntura econômica não é nada favorável a um ambiente como o atual. Pode alimentar a busca por ativos mais seguros, nos quais os investidores esperariam o cenário ficar mais claro." Miriam Leitão