quarta-feira, 21 de março de 2007

História das Bolsas de Valores

No FORUM BOVESPA eu publiquei um texto que encontrei sobre a origem das bolsas de valores. Muitas pessoas acessaram e gostaram daí eu (e Humberto dos Santos) resolvemos colocá-los em nossos blogs. Seguem abaixo os textos:

"Se bem que o exercício da compra e venda de ações, ou o seu equivalente, fosse conhecida e muito praticada no Fórum da Roma antiga, situado bem próximo ao Templo de Castor, foi somente no século XV, nos tempos do Renascimento, que o tráfico bursátil deixou a rua. Pelo menos foi o que se deu na cidade de Bruges, na atual Bélgica, em frente a casa dos Van Der Bursen, quando o comércio com papéis tornou-se respeitável a ponto de ter direito, a partir do ano de 1487, a um prédio próprio. Em Londres, ele situou-se na City a partir de 1690, enquanto o de Paris e a de Nova Iork, porém, somente no século XVIII instituíram-se em edifícios adequados (a rua que serve como sede da New York Stock Exchange desde 1792 é a hoje mundialmente famosa Wall Street). Essa súbita respeitabilidade, deixando de ser um negócio feito nas calçadas, por vezes pisando nas sarjetas, ou nos vãos das portas, não afastou dela o véu da suspeita.

O jogo com ações sempre foi mantido à distância pelo resto da sociedade, como algo pouco confiável, bem longe da segurança oferecida por umas onças de ouro ou pelas jóias preciosas. Coisa de trambiqueiros e de escroques, não de gente séria nos negócios. Apesar da enorme importância para a vida econômica que as transações movimentadas pelas bolsas de valores em escala mundial, observa-se uma generalizada desconfiança, quase matuta, em relação aos pregões e leilões de ações e outros títulos que nelas se verificam.

OS MENINOS DA WALL STREET: A maior predominância de gente jovem nesse negócio, os operadores - a infantaria ligeira da especulação - deve-se a motivos singulares. Quando os brockers, os corretores em Nova Iork, reuniam-se ao redor de uma árvore, em frente ao nº 68 na Wall Street, costumavam levar seus filhos. Socorriam-se das crianças e dos adolescentes como mensageiros ou para atrair um investidor puxando-lhe pela manga do casaco. Os garotos eram mais ágeis em ir e vir em meio aquela multidão de adultos, passando-lhes, por vezes, pelo meio das pernas, em louca estabanada. Por isso, até hoje, as bolsas ainda mantém um clima de farra e de demência estudantil, fazendo com que muitos deles se afastem, escandalizados, por não entenderem sua aparente irracionalidade."

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